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Em 2015, a Lenovo foi processada por incluir um software espião em seus notebooks. Agora, a empresa fechou um acordo extrajudicial com a FTC, órgão de proteção de consumidores dos EUA, e vai pagar uma multa de US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 11 milhões) pela prática, de acordo com a Reuters.

Entre 2014 e 2015, a Lenovo pré-instalou um adware chamado Superfish em seus notebooks, usado para coletar informações para mostrar publicidade personalizada aos donos dos computadores. O Superfish é capaz de instalar um proxy que pode produzir certificados SSL falsos sempre que tiver de passar por uma conexão segura, interceptar o tráfego de internet dos usuários e acessar informações como credenciais de login, senhas e mais. A estimativa é de que 750 mil máquinas da empresa tenham sido afetadas pelo software espião.

O acordo com a FTC definiu que, além da multa, a empresa vai ter que fazer algumas mudanças na forma como vende seus notebooks. A partir de agora, máquinas da Lenovo vão precisar do consenso dos usuários para que qualquer software seja pré-instalado.

Além disso, os softwares da empresa serão auditados ao longo dos próximos 20 anos para garantir que nenhum outro adware ou qualquer tipo de programa malicioso acompanhe os produtos.
Mesmo assim, a empresa afirmou que estava aliviada em ver o assunto sendo resolvido mais de dois anos depois do ocorrido. “Enquanto a Lenovo não concorda com alegações contidas nessas queixas, a empresa está satisfeita em ver esse assunto sendo finalizado”, disse a marca em um comunicado oficial.
Ela também afirma ter parado de usar o software em questão há muito tempo, e que não está ciente de nenhum caso em que o adware tenha sido usado para acessar as comunicações dos usuários.