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O termo “Cloud Computing” não é relativamente novo, mas vejo que ainda existe alguma confusão sobre o que de fato é a computação em nuvem. Muitos profissionais que possuem terceirização de datacenter no modelo antigo onde você aluga um servidor físico (hosting) ou hospeda seu servidor em um datacenter (co-location) acreditam que estão na nuvem, outros que possuem suas infraestruturas virtualizadas, acreditam que possuem uma nuvem privada.
Mas de fato o que me permite dizer que possuo uma nuvem privada ou que minhas aplicações estão rodando na nuvem pública? O que seria uma nuvem híbrida? Se uso maciçamente virtualização já não poderia considerar que tenho uma nuvem privada? São muitas perguntas e ainda existem os termos SaaS, PaaS e IaaS. São muitas dúvidas, abaixo descreverei alguns pontos que responderão estas perguntas:
1 – A virtualização é necessária para se criar uma nuvem, pois o conceito de “Cloud Computing” pressupõe que os recursos sejam elásticos e escaláveis, possam ser facilmente provisionados, que possam ser gerenciados e que sejam pagos pelo uso. Sem a virtualização, não seria possível o rápido provisionamento e a elasticidade dos recursos. Todos os grandes provedores de nuvem pública utilizam uma plataforma de virtualização, de forma parcial ou integral. Mas a virtualização sozinha não cria uma nuvem, pois você necessita de recursos de “Orchestration” ou orquestração (o uso de API’s que permitam a integração com outros sistemas e a automação de processos), “billing” ou bilhetagem (que permite cobrar pelo uso). Você pode pensar, vou criar uma nuvem privada, porque cobrar pelo uso? A nuvem privada é um dos caminhos para se converter a TI de um modelo de centro de custo para um centro de serviços, precificar internamente o quanto custa cada recurso para atender determinada demanda de negócio pode auxiliar na obtenção de investimentos e maior valorização da TI internamente.
2 – Uso de um serviço de “hosting” ou “co-location”, não caracteriza nuvem, pois você dimensiona o recurso e em alguns momentos terá desperdício de recursos e em outros terá carência dos mesmos, um dos grandes benefícios das nuvens públicas são a elasticidade e a capacidade de pagar pelo uso. Ainda devemos considerar que as nuvens públicas permitem escalabilidade praticamente ilimitada.
3 – Ter uma nuvem hibrida significa ter um “conector” entre sua nuvem privada e uma nuvem publica, através deste conector é possível transferir cargas de trabalho entre os ambientes de forma praticamente transparente.
4 – Os termos SaaS, PaaS e IaaS descrevem que tipo de serviço de nuvem está sendo utilizado,  quando falamos de SaaS ou “Software as a Service” podemos pensar no Office 365 e Google Apps como bons exemplos, onde você tem o provisionamento de aplicativos diretamente ao usuário. PaaS ou “Platform as a Service” é a oferta de uma plataforma como serviço, por exemplo o Google App Engine ou Amazon Simple Storage Service (ou simplesmente Amazon S3). Finalmente temos a IaaS ou “Infrastructure as a Service” onde a infraestrutura é oferecida como serviço e você tem acesso direto a uma máquina virtual com o sistema operacional e pode utilizar da forma mais conveniente as suas necessidades, preservando a escalabilidade, elasticidade e a capacidade de pagar pelo uso.
Então concluímos que para ser receber a nomenclatura de “Cloud Computing” devemos ter um ambiente virtualizado, orquestrado, flexível, escalável e que permita ser tarifado pelo uso. E você já pensa na nuvem como uma alternativa quando avalia novos projetos e demandas corporativas?