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Cloud | FinOps na prática: Como grandes empresas reduziram 42% dos custos de nuvem durante a alta do dólar

Introdução ao FinOps em Tempos de Volatilidade Cambial

A alta do dólar representa um desafio significativo para empresas brasileiras que utilizam serviços de nuvem, já que a maioria dos provedores como AWS, Azure e Google Cloud realiza cobranças em dólar. Neste cenário desafiador, grandes organizações conseguiram reduzir em média 42% seus custos de nuvem através da implementação estratégica de práticas de FinOps (Financial Operations for Cloud).

O Impacto da Volatilidade Cambial nos Custos de Nuvem

Quando o dólar se valoriza frente ao real, empresas brasileiras enfrentam:

Estratégias FinOps que Geraram 42% de Economia

1. Otimização de Recursos e Rightsizing

Grandes empresas implementaram processos sistemáticos para identificar e redimensionar recursos:

Uma instituição financeira brasileira conseguiu redução de 28% apenas com rightsizing sistemático de suas instâncias EC2 na AWS.

2. Compromissos de Longo Prazo e Reservas

A volatilidade cambial tornou ainda mais atrativa a estratégia de compromissos de longo prazo:

Um grande varejista brasileiro conseguiu redução adicional de 31% ao migrar 85% de suas cargas de trabalho para modelos de compromisso de longo prazo.

3. Governança e Accountability

A implementação de estruturas de governança rigorosas permitiu:

Uma empresa de telecomunicações reduziu 18% dos custos apenas melhorando a visibilidade e accountability dos gastos em nuvem.

4. Arquitetura Orientada a Custos

Grandes empresas redesenharam aplicações considerando o custo como requisito não-funcional:

Uma empresa do setor de mídia reduziu 35% dos custos ao redesenhar sua arquitetura de processamento de vídeo para utilizar instâncias spot.

Case Study: Banco Digital Brasileiro

Um dos maiores bancos digitais do Brasil enfrentou um aumento de 28% em seus custos de nuvem quando o dólar ultrapassou R$5,70. A implementação de uma estratégia FinOps abrangente resultou em:

Ações específicas implementadas:

  1. Análise granular de custos: Implementação de dashboards detalhados por serviço, equipe e aplicação
  2. Automação de rightsizing: Redimensionamento semanal automatizado de recursos
  3. Compromissos financeiros: Migração de 70% das cargas para Savings Plans de 3 anos
  4. Políticas de governança: Implementação de controles preventivos para evitar provisionamento excessivo
  5. Cultura de eficiência: Gamificação e reconhecimento para equipes que otimizavam custos

Ferramentas que Viabilizaram a Redução de Custos

As grandes empresas utilizaram uma combinação de ferramentas nativas dos provedores e soluções de terceiros:

Implementando FinOps em Sua Organização

Passos iniciais:

  1. Estabeleça uma linha de base: Entenda seus gastos atuais e padrões de uso
  2. Defina métricas de eficiência: Custo por transação, por cliente ou por unidade de negócio
  3. Forme um time multidisciplinar: Inclua TI, Finanças e representantes de negócios
  4. Comece com quick wins: Identifique recursos ociosos e oportunidades de rightsizing
  5. Implemente tagging consistente: Base para qualquer estratégia de alocação de custos

Maturidade progressiva:

  1. Fase Informativa: Foco em visibilidade e relatórios
  2. Fase Operacional: Implementação de otimizações e automações
  3. Fase Estratégica: Alinhamento completo entre custos de nuvem e valor de negócio

Conclusão

A alta do dólar, embora desafiadora para empresas brasileiras que utilizam serviços de nuvem, serviu como catalisador para a adoção de práticas maduras de FinOps. As organizações que implementaram estratégias abrangentes de otimização de custos não apenas conseguiram reduzir significativamente suas despesas (em média 42%), mas também estabeleceram fundamentos sólidos para uma gestão financeira eficiente da nuvem a longo prazo.

O FinOps deixou de ser uma iniciativa opcional para se tornar um imperativo estratégico, especialmente em cenários de volatilidade econômica. As empresas que adotam esta abordagem disciplinada para gerenciar seus investimentos em nuvem estão melhor posicionadas para continuar suas jornadas de transformação digital mesmo em tempos de incerteza cambial.

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